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Economia e sustentabilidade: Cidades movidas por energia solar

  • Foto do escritor: Rodrigues Solar
    Rodrigues Solar
  • 17 de fev. de 2023
  • 3 min de leitura

É muito lógico imaginar quão benéfica é a energia solar fotovoltaica, capaz de gerar economia e qualidade de vida. E sabendo que as cidades somam 75% do consumo global de energia, e 80% das emissões de gases de efeito estufa, se torna prioridade a busca por cidades sustentáveis.


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Maior edifício comercial do mundo, localizado na cidade de Dezhou, na China


As chamadas smart cities (cidade do futuro), se agrupam aos compromissos prioritários da Comissão Europeia para a transformação verde das cidades. O projeto ganhou o nome de Missão Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras para 2030.



Pioneira do mundo: Dezhou, China.


Localizada no noroeste da China, na província de Shandong, Dezhou é a primeira cidade movida a energia solar do mundo. Com uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes, a cidade é considerada um importante centro de transportes, sendo uma das 23 estações da exclusiva linha de alta velocidade Pequim-Xangai.

A cidade é um exemplo de sustentabilidade, já que 98% da energia consumida em Dezhou vem da energia solar. A indústria de energia solar é a maior e mais famosa da cidade.

O investimento no desenvolvimento de energias renováveis é de US$90 bilhões por ano, uma espécie de redenção da China, afinal, é o segundo país que mais polui nossa atmosfera. São emitidas 1.540,350 toneladas de dióxido de carbono na China, por ano.


Cidade construída para ser solar: Babcock Ranch, EUA.

Fica localizada na Flórida a primeira cidade movida á energia solar dos EUA e deverá abrigar aproximadamente 50 mil habitantes quando for finalizada. O projeto está sendo construído em terras que pertencem ao ex-jogador de futebol americano Syd Kitson, e anteriormente eram apenas um grande rancho. Desse terreno, Kitson vendeu a maior parte para a preservação da vida selvagem e manteve 20% para a construção de Babcock Ranch.


Para cumprir o objetivo de ser autossustentável, com nenhuma emissão de gases de efeito estufa, a cidade já tem 300 mil painéis fotovoltaicos instalados em uma área de 440 acres.

Esses painéis geram 74,5 MW, o suficiente para atender cerca de 15 mil residências. Além disso, essa geração de energia limpa evita o equivalente às emissões de 12 mil carros por ano.


Os futuros imóveis devem cumprir a exigência de apresentarem certificação de construção sustentável, e seus valores começam em torno de US$ 190 mil. Em setembro de 2022, a cidade passou pelo furacão Ian sem quedas de energia.


Cidade verde movida a energia solar: Fujisawa Sustainable Smart City.

Localizada a apenas 50 quilômetros de distância de Tóquio, Fujisawa SST recebeu um investimento de R$ 1,3 bilhão na fase inicial e hoje conta com cerca de 500 mil habitantes. Antigamente, Fujisawa era uma cidade com problemas de degradação ambiental causados pela industrialização, mas ao longo do projeto, as indústrias foram deslocadas para outras regiões e a cidade foi totalmente repensada, reestruturada e reconstruída para se tornar uma cidade verde.

O projeto da cidade é liderado pela Panasonic juntamente com outras sete empresas japonesas, e foi iniciado em resposta à demanda da população para alternativas mais sustentáveis após o desastre nuclear de Fukushima.


Tendo uma visão futura de 100 anos como prioridade, o projeto Fujisawa SST possui diretrizes para a cidade e para os projetos comunitários. No caso das iniciativas de soluções energéticas, Fujisawa equipa sistemas de microgeração e armazenamento nas residências, transportes e espaços públicos. Para o Japão, a energia limpa não se trata de relações públicas, mas de sobrevivência.



E como estão as cidades brasileiras nesse quesito?


No Brasil ainda não temos projetos tão abrangente como os das cidades citadas acima. Porém, não estamos parados nessa questão e basta olhar para os resultados anuais para ter essa comprovação.

Segundo a ANEEL, o Brasil acrescentou mais de 9 GW de potência em 2022. Isso tornou o ano histórico para o setor, representando um crescimento de mais de 80% em comparação ao ano de 2021.

Um município que se destacou no mercado de geração distribuída foi Florianópolis, cidade que mais adicionou energia solar em 2022. Ao decorrer do ano, Floripa conectou 20,4 mil novos sistemas fotovoltaicos, adicionando 314 MW.


Os estados que lideraram no avanço da geração distribuída em 2022 foram:

São Paulo (982 MW); Minas Gerais (780 MW) e Rio Grande do Sul (743 MW).

Assim visamos que nosso país também se preocupa em investir em energia renovável, temos um grande potencial de crescimento a ainda ser explorado.



Autora: Luana Oliveira.


Referências: Canal Solar.


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